Eficácia clínica da DBS para a doença de Parkinson

Existem várias ferramentas conhecidas globalmente e usadas para monitorar a gravidade da doença de Parkinson, bem como para acompanhar a qualidade de vida. A Escala Unificada para Avaliação da Doença de Parkinson (UPDRS) é uma ferramenta conhecida globalmente e usada para avaliar a gravidade da doença de Parkinson. O Questionário da doença de Parkinson (PDQ-39) é usado para medir o estado de saúde das pessoas que vivem com a doença de Parkinson, concentrando-se especificamente em 8 aspectos relacionados à qualidade de vida.

Vários estudos demonstraram uma redução nas pontuações de UPDRS III e PDQ-39, que se correlaciona com uma melhora na função motora & e na qualidade de vida.

Os principais achados desses estudos concluíram que:

Autor
primário

Design do
estudo
Tamanho da
amostra
Acompanhamento
Mudança em
pontuações médias UPDRS III

% Melhoria em UPDRS III &

Pontuações PDQ-39

Deuschl 2006¹

Avaliação de

pares randomizada

786 meses

• Linha de base: 48 ± 12,3

• Pós-DBS: 28,3 ± 14

• 41% de melhoria em UPDRS III

• 25% de melhoria em PDQ-39

Tir 2007²

Estudo prospectivo,

unicêntrico

10312 meses

• Linha de base: 50 ± 16

• Pós-DBS: 29 ± 11,5

• 42% de melhoria em UPDRS III
Fraix 2006³

Prospectivo,

multicêntrico

9512 meses

Linha de base: 49,2 ± 16,4

• Pós-DBS: 19,4 ± 11,5

• 57% de melhoria em UPDRS III

Lefaucheur

2008⁴

Estudo

unicêntrico

5412 meses

Linha de base: 48,2 ± 16,1

• Pós-DBS: 21,4 ± 8,2

• 56% de melhoria em UPDRS III
Follett 2010⁵

Multicêntrico,

randomizado,

cego

29924 meses

STN

• Linha de base: 43 ± 15

• Pós-DBS: 32,1 ± 15,6

GPi

• Linha de base: 41,8 ± 13,1

• Pós-DBS: 30 ± 14,2

• 25,3% de melhoria em UPDRS III

• Melhoria em 6 de 8 subescalas

Rodriquez-

Oroz 2005⁶

Estudo

multicêntrico

693-4 anos

STN

• Linha de base: 56,7 ± 15,7

• Pós-DBS: 28,6 ± 15,7

GPi

• Linha de base: 51,7 ± 13,6

• Pós-DBS: 31,7 ± 12,8

• 50% de melhoria em UPDRS III

com STN e 39% de melhoria

com GPi em 3-4 anos.

Gervais-

Bernard 2009⁷

Prospectivo,

unicêntrico

235 anos

Linha de base: 43,11 ± 14,04

• Pós-DBS: 19,52 ± 7,17

• 55% de melhoria em UPDRS III
Moro 2010⁸

Estudo não randomizado,

prospectivo,

cego,

multicêntrico

515-6 anos

STN

• Linha de base: 56 ± 2,7

• Pós-DBS: 30,1 ± 2,5

GPi

• Linha de base: 52,2 ± 3,5

• Pós-DBS: 32,6 ± 4,6

• 45,4 (STN) para 20% (GPi)

de melhoria em UPDRS III

  1. Deuschl G , Schade-Brittinger C et al. A Randomized Trial of Deep-Brain Stimulation for Parkinson’s Disease. N Engl J Med 2006;355:896-908.
  2. Tir M, Exhaustive, one-year follow-up of subthalamic nucleus deep brain stimulation in a large, single-center cohort of Parkinson’s patients, Neurosurgery 61:297–305, 2007.
  3. Fraix V, Houeto JL, Lagrange C et al. Clinical and economic results of bilateral subthalamic nucleus stimulation in Parkinson’s disease. J Neurol Neurosurg Psychiatry 2006;77:443–449.
  4. Lafaucheur JP, Gurruchaga JM, Pollin B et al. Outcome of Bilateral Subthalamic Nucleus Stimulation in the Treatment of Parkinson’s Disease: Correlation with Intra-Operative Multi-Unit Recordings but Not with the Type of Anaesthesia. Eur Neurol 2008;60:186–199.
  5. Follett KA, Weaver FM, Stern M et al. Pallidal versus Subthalamic Deep-Brain Stimulation for Parkinson’s Disease. N Engl J Med 2010;362:2077-91.
  6. Rodriguez-Oroz MC, Bilateral deep brain stimulation in Parkinson’s disease: a multicentre study with 4 years follow-up, Brain (2005), 128, 2240–2249.
  7. Gervais-Bernard H, Xie-Brustolin J, Mertens P et al, Bilateral subthalamic nucleus stimulation in advanced Parkinson’s disease: Five year follow-up. J Neurol (2009) 256:225–233.
  8. Moro E, Lozano A, Pollak P et al. Long-Term Results of a Multicenter Study on Subthalamic and Pallidal Stimulation in Parkinson’s Disease. Movement Disorders Vol. 25, No. 5, 2010, pp. 578–586 1.
Topo (Inicio)