Obesidade

O número de pessoas com excesso de peso não para de crescer. Cada vez mais a doença tem comprometido a qualidade de vida dos adultos e acometido as crianças. Saiba mais sobre essa condição clínica

O que é Obesidade?

Quando os ponteiros da balança mostram quilos a mais do que o esperado, acende-se sempre um sinal de alerta. O sobrepeso pode ser momentâneo, mas também indicar que está fora de controle e pede atenção. A obesidade é uma doença crônica e sua principal característica é o acúmulo de gordura corporal provocado pela alta ingestão de calorias (mais do que necessitamos para realizar as tarefas do dia a dia, como comer, andar,
trabalhar e praticar atividades físicas) por meio da alimentação.

Se muita gente banaliza a doença ou a vê com olhos preconceituosos1 - 85% das pessoas com obesidade já sentiram preconceito pelo excesso de peso, estudiosos e médicos apontam que ela exige tratamentos adequados, pois os obesos têm mais chances de desenvolver doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes tipo 2, artrose, neoplasias e danos à saúde mental, como depressão e baixa autoestima.

As estatísticas apontam a gravidade:

  • No Brasil, 55,4% da população tem excesso de peso. De 2006 a 2019, houve
    um aumento de 72% no número obesos no país2.
  • Segundo dados do Ministério da Saúde e da Organização Panamericana da Saúde, 12,9% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos são obesas, assim como 7% dos adolescentes entre 12 e 17 anos3
  • Os dados do Brasil acompanham os levantamentos da América Latina e do Caribe, regiões nas quais cerca de 58% dos adultos estão acima do peso4
  • Nos próximos 10 anos, haverá um aumento de 39,8% da incapacidade causada pela obesidade, sendo que as mulheres serão as mais atingidas5
  • Entre 2020 e 2030, a previsão é de que o número de mortes relacionadas à doença aumente em 42,7%6
  • De acordo com o Atlas da Obesidade Mundial de 2023, elaborado pela Federação Mundial de Obesidade, atualmente, A condição atinge 1 em cada 7 pessoas; em 2035, a proporção será de 1 em cada 47.


Mas, afinal, como saber se o indivíduo está com excesso de peso?

A Organização Mundial da Saúde recomenda o índice de massa corporal (IMC) para diagnosticar a obesidade. O cálculo do IMC é simples: divide-se o peso (Kg) pela altura (m) elevada ao quadrado. O resultado indica se o adulto está abaixo do peso, com o peso normal, sobrepeso ou obeso. Você pode calcular seu IMC com uma calculadora ou utilizando ferramentas online, como a da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade
e Síndrome Metabólica: https://abeso.org.br/obesidade-e-sindromemetabolica/calculadora-imc/

Índice de massa corporal (IMC)      Classificação                                  

Igual ou superior a 30 kg/m²

Obesidade
Entre 25 e 29,9 Sobrepeso
Entre 18,5 e 24,9 Peso normal
Abaixo de 18,5 Abaixo do peso

FONTE: Organização Mundial da Saúde (OMS)8

Entre os obesos, a classificação ainda varia: obesidade leve (IMC entre 30 e 34,9 kg/m2), moderada (IMC entre 35 e 39,9 kg/m2) e grave (IMC ≥ 40 kg/m2). Essa subdivisão guia o tipo de tratamento mais adequado para cada paciente.

Além desse cálculo, é fundamental uma avaliação médica. Nela, o especialista faz uma anamnese: conhece o estilo de vida e os hábitos alimentares; se há histórico de pessoas obesas na família; e pode medir a circunferência do pescoço e do abdômen a fim de conferir se há indícios de problemas metabólicos e acúmulo de gordura corporal nessas regiões.
Ele ainda pode solicitar exames laboratoriais, como os que aferem o nível de colesterol, glicemia e gordura no fígado, e a bioimpedância, para verificar a composição corporal (massa muscular, gordura, densidade óssea e água).

Para as crianças e os adolescentes, os pediatras e a OMS não recomendam o IMC para determinar a obesidade. O ideal é considerar o peso, a altura e a fase de crescimento, já que esses dados podem variar bastante conforme a faixa etária. 

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