Opções de Tratamento

Terapia Medicamentosa

O tratamento mais comum para controlar o risco de derrame relacionado com fibrilação atrial (FA) é o uso de medicamentos que afinam o sangue, como a varfarina.  Apesar de sua comprovada eficiência, a varfarina não é bem tolerada por muitos pacientes, tem uma margem terapêutica muito estreita e implica em um alto risco de complicações hemorrágicas.  Além disso, a eficácia da varfarina varia em face à interações com certos alimentos e medicamentos, necessitando, assim, de constantes exames de sangue e ajustes da dose.

Os problemas associados com a varfarina são particularmente significativos na população idosa, que está mais propensa ao risco de quedas e tem mais dificuldade de manter uma margem terapêutica. Isso é importante uma vez que as pessoas com mais de 75 anos constituem aproximadamente metade dos pacientes que sofrem derrames associados com fibrilação atrial.1

Ao prescreverem varfarina para pacientes com fibrilação atrial, os médicos devem ponderar os riscos de complicações hemorrágicas significativas e questões de não-complacência em relação ao risco de derrame isquêmico. Atualmente, estima-se que por volta de 50% dos pacientes com fibrilação atrial elegíveis não utilizam anticoagulantes.2

Vários medicamentos novos que afinam o sangue, conhecidos como Anticoagulantes Orais Novos, oferecem uma alternativa para a varfarina no controle do risco de derrame por fibrilação atrial através da terapia medicamentosa.  Esses novos anticoagulantes orais não requerem exames frequentes de sangue para o monitoramento do Índice Internacional Normalizado (INR) e oferecem resultados similares à varfarina em termos de eficácia.  No entanto, os Anticoagulantes Orais Novos também carregam o risco de complicações hemorrágicas significativas além das questões de complacência e tolerância. 

Com os novos desafios da Terapia de Anticoagulação Oral, uma solução baseada em um dispositivo pode fornecer uma proteção alternativa contra a migração de coágulos de sangue de determinados pacientes com fibrilação atrial. 

Intervenção Cirúrgica

A remoção cirúrgica do apêndice atrial esquerdo (AAE) tem sido realizada por mais de 70 anos.  Apesar de já ter se estabelecido, a ressecção cirúrgica do apêndice atrial esquerdo é um procedimento invasivo, de coração aberto, e as suturas ou fibras com frequência não demonstram um fechamento consistente nos pacientes. 

Com os desafios conhecidos da ressecção cirúrgica do apêndice atrial esquerdo, uma solução menos invasiva e baseada em um dispositivo pode oferecer uma proteção alternativa contra a migração de coágulos de sangue de determinados pacientes com fibrilação atrial.

Oclusão do Apêndice Atrial Esquerdo (OAAE)

A Oclusão do Apêndice Atrial Esquerdo é uma alternativa com dispositivo à terapia de anticoagulação oral em pacientes com fibrilação atrial não-valvular. Os pacientes com fibrilação atrial estão sob um risco significativamente maior de sofrerem um derrame devido à migração de coágulos que podem se formar no apêndice atrial esquerdo. Por fechar com segurança o apêndice atrial esquerdo, o dispositivo é projetado para reduzir o risco de derrame, morte cardiovascular e embolização sistêmica, eliminando potencialmente a necessidade da terapia de longo prazo com varfarina. A eliminação dos anticoagulantes orais pode também resultar em uma redução dos eventos relacionados com hemorragias, tais como contusões, sangramentos nasais, sangramento gastrointestinal e, mais importante, derrames hemorrágicos.

 

 

 

1. Wolf PA, Abbott RD, Kannel WB. Atrial fibrillation as an independent risk factor for stroke: the Framingham Study. Stroke. 1991; 22: 983–8.
2. 2. Patel TK, Yancy CW, Knight BP. Left atrial appendage exclusion for stroke prevention in atrial fibrillation. Cardiol Res Pract. 2012; 2012:610827.
Observação: Os sintomas, as situações e as circunstâncias individuais podem variar. Consulte seu médico ou um profissional de saúde qualificado para falar sobre sua condição e o tratamento médico apropriado. As informações aqui fornecidas não devem ser utilizadas para diagnóstico ou para tratamento médico, nem como substituto do parecer profissional de um médico.

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