Causas e fatores de risco

As causas mais comuns da bradicardia são um problema com o nó sinoatrial ou um problema nas vias eletricas do coração que resultam em batimentos cardíacos que não satisfazem suficientemente as necessidades do corpo.

Para ilustrar essa ideia, pense em como um carro funciona. Se o acelerador estiver quebrado, o motor não consegue obter gasolina o suficiente para mover o carro na velocidade que você deseja. De maneira semelhante, se o sistema elétrico de seu coração não estiver funcionando normalmente, seu corpo pode não receber o combustível extra de que precisa para fazer uma caminhada rápida.

Problemas com o Nó Sinoatrial

Problemas com o marcapasso natural do coração podem causar bradicardia. Esses tipos de ritmo são chamados de doenças do nó sinusal. O nó sinoatrial pode não enviar sinais com uma frequência suficiente, fazendo com que o coração contraia menos do que deveria. Um batimento cardíaco lento está normalmente abaixo de 60 batimentos por minuto (bpm).

Problemas com o nó sinoatrial podem também aparecer com uma frequência cardíaca que não condiz com o trabalho que está sendo feito. Isso é denominado incompetência cronotrópica. Quando você sofre de incompetência cronotrópica, pode se sentir cansado ao fazer determinadas atividades. Tal cansaço pode ocorrer no início, no meio ou no final da atividade. Isso é causado por um batimento cardíaco tardio ou não suficientemente rápido para suprir seu corpo com o sangue oxigenado de que ele necessita para tanto.

Problemas com a via elétrica entre as câmaras superiores e inferiores do coração (bloqueio atrioventricular)

Problemas também podem ocorrer com a via elétrica entre as câmaras superiores e inferiores do coração. Os sinais elétricos podem ser atrasados no nó atrioventricular ou podem não atingir juntos os ventrículos. Essa condição é denominada bloqueio cardíaco ou bloqueio atrioventricular. Apesar das câmaras inferiores do coração possuírem um sistema natural que pode produzir seus próprios batimentos cardíacos, tais batimentos são frequentemente muito lentos e não confiáveis. Como consequência, um bloqueio atrioventricular normalmente significa que os ventrículos bombeiam muito devagar, mesmo que o nó sinoatrial esteja enviando sinais mais rápidos em uma tentativa de aumentar a frequência cardíaca.

O bloqueio atrioventricular também pode causar uma perda da sincronia AV. Se a temporização das contrações entre as câmaras superiores e inferiores do coração for insuficiente, os ventrículos podem não se encher com sangue suficiente antes de bombearem. Seu médico pode chamar essa condição de assincronia.

Síncope

Síncope, ou desmaio, é uma das dez principais razões das idas a Pronto-Socorros na América.1 Uma síncope (SIN'ko-pe) é a perda temporária de consciência e postura, descrita como "desmaio" ou "desfalecimento." Ela ocorre com mais frequência quando a pressão arterial é muito baixa (hipotensão) e o coração não bombeia um fornecimento normal de oxigênio para o cérebro.

A síncope neurocardiogênica é também denominada síncope vasovagal, vasodepressora, síncope mediada neuralmente (SMN) ou mediada por reflexo. 25% a 40% dos desmaios devem-se à síncopes neurocardiogênicas.1

A síncope neurocardiogênica pode ocorrer em pessoas normais sem nenhuma evidência de doença cardíaca. O evento de desmaio é acionado por stress emocional, náuseas, dores, etc. e causa uma queda súbita da pressão arterial ou da frequência cardíaca.

A síncope neurocardiogênica é a causa mais comum de desmaios nos jovens. Os relatórios de muitos médicos que tratam desmaios mostram que alguns adolescentes sofrem desmaios frequentes até "chegarem" à faixa dos vinte anos, quando esses eventos param.

O tratamento depende da causa do desmaio â queda da pressão arterial ou da frequência cardíaca. O seu médico lhe mostrará as melhores opções de tratamento.2

 

 

 

1. Centers for Disease Control and Prevention, DHHS Publication No. (PHS) 2008â 1250, August 2008. National Hospital Ambulatory Medical Care Survey: 2006 Emergency Department Summary.
2. Epstein AE, et al. ACC/AHA/NASPE 2008 Practice Guidelines for Device-base Therapy of Cardiac Rhythm Abnormalities. J. Am. Coll. Cardiol. 2008;51;e1-e62.

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